sexta-feira, 22 de junho de 2012

Dicas simples para poupar combistível



Lembra-se de quando um litro de gasolina custava cerca de R$ 0,65? Não faz tanto tempo (foi no fim da década passada), mas já deixa saudades na grande maioria dos motoristas. Com isso, métodos e dicas que haviam sido esquecidos voltam à tona, assim como "receitas milagrosas" para reduzir o consumo. Para que você consiga gastar menos no posto sem prejuízos ao veículo, reunimos algumas dicas simple. Confira:

Rode menos:   Parece óbvio, mas não se trata de cortar aquele passeio do fim-de-semana. A idéia é deixar o carro estacionado quando não vale a pena utilizá-lo, como em poucos quarteirões até a padaria, pela manhã, ou ao restaurante próximo do escritório. Outra sugestão é procurar sair em grupos -- para almoçar com os colegas de trabalho, por exemplo.
Evite o tráfego:   Claro que ninguém deseja perder tempo e a paciência em congestionamentos, mas quantos de nós realmente os evitam? Estudar caminhos alternativos, ouvir programas de rádio com dicas de trânsito e procurar os dias e/ou horários menos engarrafados podem ajudar muito. Outra dica é reunir várias tarefas do dia-a-dia em um mesmo percurso, definindo o melhor trajeto: além do menor tempo ao volante, você rodará com o motor sempre aquecido, em que o consumo é menor do que na fase fria.
Carro em ordem:   Há pequenos detalhes no automóvel que causam grandes estragos no consumo. Mantenha os pneus calibrados de acordo com as recomendações do fabricante (duas ou três libras a mais ajudam a consumir menos e, em pisos regulares, não prejudicam o conforto), as rodas alinhadas e balanceadas, e o motor em boas condições.

Velas desgastadas ou desajustadas, bicos injetores e filtro de ar sujos aumentam o consumo. É comum que um motorista menos cuidadoso protele certos serviços que acabam custando caro no abastecimento.


Fique de olho no peso: um bagageiro no teto ou uma carga esquecida no porta-malas dão sua parcela de contribuição para o desperdício. Evite acessórios que aumentem o atrito com o solo, como pneus mais largos; piorem a aerodinâmica, a exemplo de grandes spoilers; ou modifiquem o rendimento do motor, como escapamento esportivo e preparação mecânica -- a menos que haja utilidade para eles.


Ar-condicionado:  Que o equipamento eleva o consumo você já sabe: por isso, procure usá-lo racionalmente, rodando com os vidros abertos até que o calor acumulado no interior se disperse, por exemplo. Depois, ajuste a temperatura um pouco acima do ideal, pois assim o compressor do sistema funcionará menos e haverá alguma economia. Por outro lado, como vidros abertos em velocidade pioram muito a aerodinâmica, o ar-condicionado pode ser a melhor opção na estrada -- sem falar no conforto que oferece.
Suavidade ao volante:   Cada aceleração imprimida ao veículo representa certo consumo. Assim, dirija com suavidade: arranque e retome velocidade em ritmo moderado (sem prejudicar a fluidez do trânsito) e procure manter a velocidade mais constante.

Antecipe as razões de uma freada, como semáforos, lombadas e pedágios, desacelerando mais cedo. A diferença de consumo entre uma direção suave e uma mais agressiva pode superar 50%. Na estrada, ir mais devagar também faz boa diferença, pois a resistência do ar cresce ao quadrado da velocidade (por exemplo, a 160 km/h é quatro vezes aquela a 80).


Elimine os vícios: Muitos motoristas têm hábitos que não se justificam nos carros modernos -- ou nem mesmo nos antigos -- e se refletem no gasto de combustível. Evite aceleradas com o carro parado, nas mudanças ascendentes de marcha ou antes de desligar o motor. Ou longos minutos de aquecimento antes de sair: movimente logo o veículo, evitando grandes esforços no início. O uso do ponto-morto em descidas, além de proibido pela legislação (art. 231, inciso IX), é antieconômico: nos carros com injeção, o sistema cut-off interrompe a alimentação ao tirar o pé do acelerador com marcha engatada, representando consumo zero.

Já desligar o motor em paradas rápidas, como semáforos, pode não ser boa idéia: além de o consumo ser muito pequeno (de 1 a 2 litros por hora), há a demanda elétrica ao dar nova partida (exigindo reposição da energia na bateria, pelo alternador, que gera consumo de combustível) e a perda de tempo ao sair, prejudicial ao tráfego. Só vale a pena desligar se a parada exceder três minutos.
Menor rotação: sempre há quem duvide: nos motores a quatro tempos de ciclo Otto (e não diesel), o menor consumo é obtido com a menor rotação possível, mesmo que seja preciso acelerar a fundo para atingir o desempenho desejado. Portanto, troque de marcha bem cedo, pulando uma delas se for o caso.

A maioria dos carros pode passar de primeira para terceira a 25 ou 30 km/h e desta para quinta a 40 ou 50 km/h, por exemplo, sem esforço ou lentidão excessiva.
Combustível de qualidade: Ao abastecer, não procure só preço: um combustível adulterado -- por má-fé ou mesmo por infiltrações no tanque do posto -- pode anular facilmente a vantagem financeira, pelo maior consumo e até por prejuízos ao motor.

Desconfie de preços muito baixos (embora valor elevado não seja garantia de qualidade), procure obter referências com amigos e esteja atento a atitudes suspeitas, como a de postos que mudam de bandeira (empresa fornecedora) e mantêm a caracterização visual da marca anterior, de maior prestígio. Fidelidade a um posto também é conveniente: se houver problemas no veículo será mais fácil identificar a origem e reclamar.

Não faça misturas: álcool na gasolina, gasolina no álcool ou outras adições tendem a trazer mais prejuízos que vantagens. Se o funcionamento melhorar com a mistura, é sinal de que algo está errado com o motor. As falsas conversões para álcool também são mau negócio. E, mesmo que seja um pouco mais caro, prefira gasolina aditivada, que conserva o motor limpo e regulado. A longo prazo o lucro é certo.


Milagre não existe: Sempre que sobe o combustível, reaparecem velhas soluções que se supõem milagrosas: conversões a baixo preço, "economizadores" magnéticos, aparelhos os mais diversos. Esqueça-os: em geral, a economia que eles trazem (quando trazem) não justifica o investimento, além do risco de comprometer o motor. Siga as dicas deste artigo, deixe os espertinhos de lado e boa sorte na redução da conta no posto.


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