quinta-feira, 31 de maio de 2012

Como funcionam os freios ABS


Parar um automóvel repentinamente em uma rua escorregadia pode ser desafiador. Os sistemas de freios antitravamento (ABS, anti-lock braking system) diminuem o desafio dessa situação muitas vezes enervante. Em superfícies escorregadias, mesmo motoristas profissionais não conseguem parar tão rapidamente sem o sistema ABS se comparado a um motorista comum que conta com esse sistema.

                                                 Localização dos componentes do freio antibloqueio

Entendendo o conceito ABS


Entender a teoria dos freios antitravamento é simples. Uma roda que desliza (a área da pegada do pneu escorrega em relação à estrada) tem menos aderência que uma roda que não está deslizando. Se você já ficou imobilizado no gelo ou na lama, sabe que se as rodas estão girando em falso, você não tem tração, o carro não sai do lugar. Isso acontece porque a área de contato está deslizando em relação ao solo (veja Como funcionam os freios para maiores detalhes). Ao evitar o deslizamento das rodas durante a frenagem, os freios antitravamento beneficiam você de duas maneiras: você irá parar mais rápido e será capaz de mudar a trajetória do carro enquanto freia.

Existem quatro componentes principais em um sistema ABS:

  • sensores de velocidade
  • bomba
  • válvulas
  • unidade controladora

                                                                   Bomba do freio antitravamento e válvulas


Sensores de rotação
O sistema de frenagem antitravamento precisa saber, de alguma maneira, quando uma roda está prestes a travar. Os sensores de rotação, que estão localizados em cada roda ou, em alguns casos, no diferencial, fornecem essa informação.

Válvulas
Existe uma válvula na tubulação de cada freio controlado pelo ABS. Em alguns sistemas, as válvulas têm três posições:

A posição um, a válvula está aberta; a pressão do cilindro-mestre é passada direto até o freio;
Na posição dois, a válvula bloqueia o tubo, isolando o freio do cilindro-mestre. Isso previne que a pressão suba mais caso o motorista pressione o pedal do freio com mais força;
Na posição três, a válvula libera um pouco da pressão do freio.

Bomba
Uma vez que a válvula libera a pressão dos freios, deve haver uma maneira de repor aquela pressão. É isso que a bomba faz: quando a válvula reduz a pressão num tubo, a bomba repõe a pressão.

Unidade controladora
A unidade controladora é um computador no automóvel. Ela monitora os sensores de rotação e controla as válvulas.

ABS em ação
Existem muitas variações e algoritmos de controle para sistemas ABS. Veremos aqui como funciona um dos sistemas mais simples.

A unidade controladora monitora os sensores de rotação o tempo todo. Ela procura por desacelerações das rodas que não são comuns. Logo antes de uma roda travar, ela passa por uma rápida desaceleração. Se a unidade controladora não percebesse essa desaceleração, a roda poderia parar de girar muito mais rapidamente do que qualquer carro pararia. Levaria cinco segundos para um carro parar, sob condições ideais a uma velocidade de 100 km/h, mas quando uma roda trava, ela pode parar de girar em menos de um segundo.

A unidade controladora do ABS sabe que uma aceleração tão rápida é impossível, por isso, ela reduz a pressão naquele freio até que perceba uma aceleração, então aumenta a pressão até que veja uma nova desaceleração. Isto pode acontecer bem rapidamente, antes que o pneu possa mudar de rotação de forma significativa. O resultado disso é que aquele pneu desacelera na mesma relação com o carro e os freios mantêm os pneus muito próximos do ponto onde eles começam a travar. Isso oferece ao sistema o máximo poder de frenagem.

Quando o sistema ABS estiver em operação você sentirá uma pulsação no pedal de freio; isso se deve à rápida abertura e fechamento das válvulas. Alguns sistemas ABS podem operar em períodos de até 15 ciclos por segundo.

Tipos de freios antitravamento
Os sistemas de frenagem antitravamento usam diferentes métodos, dependendo do tipo de freios em uso. Iremos nos referir a eles pelo número de canais - isto é, quantas válvulas são individualmente controladas - e o número de sensores de velocidade.

Quatro canais, quatro sensores ABS - este é o melhor método. Há um sensor em todas as rodas e uma válvula separada para cada uma. Com essa configuração, a unidade controladora monitora cada roda individualmente para assegurar a máxima potência de frenagem.
Três canais, três sensores ABS - este método, comumente encontrado em caminhonetes com ABS nas quatro rodas, tem um sensor de velocidade e uma válvula para cada roda dianteira, com uma válvula e um sensor para as duas rodas traseiras. O sensor de rotação para as rodas traseiras está localizado no eixo traseiro.
Este sistema fornece controle individual das rodas dianteiras, assim ambas podem alcançar a potência máxima de frenagem. As rodas traseiras, entretanto, são monitoradas juntas; elas precisam começar a travar antes que o ABS seja ativado na traseira. Com este sistema, é possível que uma das rodas traseiras trave durante uma parada, reduzindo a eficiência da freada.

Um canal, um sensor ABS - este sistema é bastante comum em caminhonetes com ABS nas rodas traseiras. Possui apenas uma válvula, a qual controla ambas as rodas traseiras, e um sensor de rotação situado no eixo traseiro.
Este sistema opera na parte traseira da mesma maneira que um sistema de três canais. As rodas traseiras são monitoradas juntas e ambas precisam começar a travar para poder ativar o sistema ABS. Neste sistema também é possível que uma das rodas traseiras trave, reduzindo a eficiência da freada.

Este sistema é fácil de identificar. Geralmente há uma tubulação de freio correndo ao longo de uma peça em "T" ajustada para ambas as rodas traseiras. Você pode localizar o sensor de rotação procurando por uma conexão elétrica próxima ao diferencial na carcaça do eixo traseiro.


                                      Por fim um exemplo prático de como funciona! (heheheh)

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Cinto de segurança traseiro não passa em teste

Dos 20 veículos avaliados pela PROTESTE apenas um oferece o cinto de três pontos a todos os passageiros no banco traseiro.



  A Proteste Associação de consumidores avaliou os cintos de segurança dianteiros e traseiros originais de 20 veículos da categoria hatch compacto, provenientes das principais montadoras nacionais. Foi feita a comparação a partir das diferenças entre os sistemas de retenção dos veículos e os cintos traseiros foram piores.
  A avaliação dos cintos dianteiros apresentou resultados bem melhores que a dos cintos traseiros. A PROTESTE constatou que eram exclusividade dos bancos dianteiros os cintos com limitadores de carga (que previnem os ocupantes de lesões decorrentes do uso do cinto em colisões severas) e pré-tensionadores (que reduzem a folga do cinto durante o impacto) quando disponíveis.


  O Ford Ka 1.0 Rocam foi o carro com o pior sistema de retenção automotivo. Os veículos Citroën C3 1.6 Exclusive Automatique, Volkswagen Fox 1.6 Prime i--motion e Peugeot 207 1.6 16V XS Automatic foram os que apresentaram, simultaneamente, melhores configurações do sistema de retenção veicular e menor variação entre as versões completa e básica, atingindo as melhores classificações.

  Esses três veículos também foram os melhores do teste se consideramos apenas a parte dianteira. E se levarmos em conta somente o banco de trás, o Chevrolet Corsa 1.4 Maxx é o melhor modelo, já que é o único que oferece cinto de segurança traseiro central retrátil e com três pontos de fixação, que é o mais seguro.

  De todos os veículos testados, somente o Corsa 1.4 Flexpower Maxx vem com cinto de segurança de três pontos no assento intermediário. Os outros veículos oferecem apenas o cinto de dois pontos (ou abdominal).

  Foi testado se em alguma condição de ajuste do cinto haveria interferência entre os componentes do sistema de retenção e os componentes periféricos, como, por exemplo, as alavancas de freio de mão. Nesse quesito, somente os modelos Renault obtiveram avaliação ruim, porque o motorista, na hora de travar o cinto, se atrapalha com o freio de mão.

  Também foi verificado em que região a haste do fecho do cinto dianteiro está fixada: se diretamente na carroceria ou na estrutura do assento. Nesse quesito, todos os carros foram bem avaliados porque a haste foi fixada na estrutura do banco, que é rígida e por isso oferece mais segurança em caso de impacto.

  Na análise se os cintos de segurança traseiros eram compatíveis com cadeiras apropriadas para transportar crianças foi constatado que as versões do Ford Ka não permitem a instalação do bebê-conforto. Isso se dá em função do comprimento reduzido do cinto de segurança traseiro (independentemente de serem fixos ou retráteis). E por falar no tamanho do cadarço, os modelos Renault Clio, Chevrolet Celta e a versão Sport do Ford Ka 1.6 não apresentaram comprimento suficiente para motoristas obesos, colocando em risco a vida desses passageiros.

  Em relação ao sistema de travamento, que garante a segurança do usuário em uma situação adversa, todos possuem cintos de segurança com retrator, um dispositivo que regula automaticamente o cadarço (a tira) do cinto ao corpo do usuário e bloqueia o cinto caso ocorra um desenrolar abrupto. Com exceção do Ford Ka 1.0 Rocam, do Ford Fiesta 1.0 Rocam e do Fiat Uno Vivace 1.0 Evo Flex, que apresentaram os cintos de segurança traseiros apenas com três pontos fixos, o que obriga o consumidor a regular manualmente o cinto e deixa os movimentos limitados, nos outros 17 veículos o retrator se regula automaticamente.

  Os modelos que tiveram maior variação de configuração dos cintos entre a versão mais simples e a mais completa foram o Fiat Uno e o Ford Fiesta. A avaliação completa está na revista ProTeste de abril e no site www.proteste.org.br.

  Foram avaliados os cintos dos seguintes modelos de carros: Citroën C3 1.6 GLX 16V Exclusive Automatique; Volkswagen Gol 1.0 Total Flex Rock in Rio ( 4 portas); Volkswagen Fox 1.6 Flex Prime i-motion (4 portas);  Peugeot 207 1.6 16V XS Automatic (4 portas); Fiat Uno 1.4 Evo Sporting (4 portas);  Volkswagen Fox 1.0 Total Flex (2 portas); Peugeot 207 X-Line (4 portas); Ford Fiesta 1.6 Rocam; Citroën C3 1.4 GLX; Chevrolet Corsa 1.4 Maxx (4 portas); Volkswagen Gol 1.0 Total Flex (4 portas); Volkswagen Gol 1.6 Total Flex Rallye (4 portas);Renault Clio 1.0 16v Hi Flex (2 portas); Renault Clio 1.0 16V Hi Flex (4 portas); GM Celta 1.0 Flexpower LS (2 portas); GM Celta 1.0 Flexpower LS (4 portas); Fiat Uno Vivace 1.0 Evo Flex (2 portas);  Ford KA 1.6 Sport; Ford Fiesta 1.0 Rocam; Ford KA 1.0 Rocam.






quarta-feira, 16 de maio de 2012

Durabilidade do motor depende de cuidados especiais


Para que o veículo tenha um bom tempo de uso são necessários certos cuidados, principalmente porque nem sempre o motorista tem condições de ficar trocando de carro constantemente. Mas não é somente a fabricante que deve garantir a qualidade. O motorista também pode prezar por ela. O motor, por exemplo, é uma “peça-chave” do automóvel que necessita de atenção especial para que o veículo tenha mais durabilidade e renda aquilo que se espera dele.

Andar a 40km/h na quarta marcha representa uma carga muito forte para o motor, ou ainda, ir além da faixa vermelha do conta giros pode danificar peças, entortar válvulas, quebrar bielas, etc, e até mesmo simples atitudes que o motorista está acostumado a fazer. Antonio Cordeiro, consultor técnico da Decar, cita a importância de entender bem o painel de instruções, usar o óleo recomendado pela fabricante e trocar no momento apontado, sempre usar aditivo no sistema de arrefecimento, substituir o filtro de ar e combustível a cada 15 ou 20 mil km, e também substituir o filtro de óleo em todas as trocas, pois a sujeira fica acumulada.

“Recomenda-se verificar o nível de água e óleo pelo menos uma vez por semana, conhecer o fabricante ou importador das peças e quanto tempo a empresa comercializa o produto.”, afirma Cordeiro. Para situações assim, a Decar, fabricante de autopeças, possui diversos componentes para motor, além do kit do motor para linhas VW e Ford, bronzinas, válvulas, anéis, pistões com anéis, entre outros.



Produtos assim têm como objetivo facilitar a vida do motorista quando for necessária alguma troca das peças. “Quando o motor precisa de uma revisão ou retificação, ele apresenta alguns defeitos como excesso de fumaça no escapamento, barulho no motor e a lâmpada no painel de instruções começa a piscar, ou seja, o motor não terá a mesma potência.”, conclui o consultor técnico.

Na hora de comprar novas peças ou pedir para o mecânico trocar, verifique se possuem certificação ISO 9001, hoje recomendada pelo INMETRO, pois nem todas as empresas do ramo possuem.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Carro usado: Dicas para não comprar um "problema"





Imagine a cena: você se interessa por um veículo usado com preço atraente e, na pressa de fechar o negócio para não perder a oportunidade, adquire um modelo "recheado" de problemas que, na maioria das vezes, poderiam ser verificados antes de a documentação mudar de nome. A primeira orientação da compra de um usado é em relação à documentação. 

Francisco Satkunas, engenheiro e conselheiro da Sociedade de Engenheiros da Mobilidade, a SAE Brasil, orienta que a verificação da documentação deve ser feita para ter certeza que o carro não é roubado ou não tem multas. "Do mesmo jeito, o número do chassi deve ser conferido para se ter certeza que não foi alterado", recomenda. Paulo Roberto Garbossa, consultor técnico da ADK Automotive, faz coro dizendo que uma das primeiras atitudes deve ser a verificação da procedência do modelo, além de pedir uma inspeção técnica do veiculo, que ateste sua originalidade, se possível.

Passada esta fase de documentação e chassi, começa a verificação "básica" na parte externa do modelo, do estado geral de conservação. "Observar as junções de portas, capô e porta-malas é crucial para saber se elas estão em uma distância constante. Caso contrário, isso é um indício que a parte foi retirada e colocada, e que o carro passou por um acidente", ensina Alfredo Guedes Júnior, engenheiro da Honda. Satkunas alerta ainda que, se for possível, o interessado deve pedir para levantar o carro e conferir a parte de baixo do modelo, para avaliar desgastes, ferrugem e sinais de corrosão, que podem ser um mau indício.
Em relação à parte mecânica, é indispensável pedir um "test-drive" no carro para verificar se o modelo não puxa a direção para um dos lados, o que significa, entre outras coisas, problemas de suspensão. Chamar um especialista para ajudar a avaliar o carro antes de comprá-lo é quase lei para os especialistas. "Existem muitas práticas que só serão desvendadas por profissionais. Muita gente usa um óleo mais grosso que mascara o desgaste do motor, e consequentemente, a queima de óleo e o ruído produzido por ele. O mesmo acontece com a transmissão. E só um profissional vai identificar isso", completa Guedes.
Confira algumas checagens indispensáveis antes de comprar um usado:
Primeiras atitudes:
- Tenha certeza da procedência do veículo. Se for comprado de um "particular", questione o porquê da venda;
- Em algumas concessionárias, o interessado pelo usado pode pedir uma espécie de avaliação, que documenta todo o histórico do modelo;
- Verifique sempre a documentação. Confira se o modelo está em dia, sem multas, e se o número do chassi é o mesmo do documento; 
- Procure saber se o modelo passou por todas as revisões necessárias. Em caso de veículo na garantia, ela pode perder a validade, caso a revisão não tenha sido feita; 
- De acordo com especialistas, a compra de um carro, mesmo usado, é algo emocional. Mesmo assim, aja racionalmente e, ao menos, verifique se o modelo escolhido tem a facilidade de peças e se a manutenção é em conta; 
- Peça a ajuda de um profissional antes de fechar a compra. Ele pode identificar problemas que seus olhos não enxergam; 
- Faça um test-drive. É válido pegar uma rua plana e verificar se o modelo não puxa a direção para um dos lados, o que significa, entre outras coisas, problemas de suspensão.

Na parte externa do veículo:
- Verifique minuciosamente se existem cicatrizes de batidas na lataria. Olhe atentamente se há a diferença do tom da lataria entre um encaixe e outro; 
- Se for possível, levantar o carro para ver a parte de baixo dele; 
- Fique atento a sinais de corrosão, ainda mais se o modelo for do litoral; 
- Confira todos os vidros do automóvel. Marcas de pedrinhas e arranhões no para-brisa são fáceis de tirar. Mas se a trinca tiver um tamanho já significante, vai custar mais caro trocar o vidro; 
- Borrachas das portas soltas ou mal encaixadas, e marcas de barro no veículo são indícios de que o mesmo já passou por enchente. A parte eletrônica quase sempre é afetada neste caso, o que desencadeia em vários problemas. 
- Pneus também são itens caros. Os relevos mostram se estão gastos. Se sim, é uma boa forma de conseguir um desconto na compra. Não esqueça de verificar o desgaste nos quatro pneus, além do estepe.

Na parte interna do veículo
- Cheque o estado dos bancos dianteiros e traseiros. Se os bancos traseiros estiverem afundados demasiadamente, pode significar que o veículo já foi usado como táxi; 
- É importante verificar a altura do pedal da embreagem. Se estiver muito embaixo ou muito em cima, significa que é preciso trocar a embreagem. E isso tem custo alto; 
- Verifique o piso do carro. Se estiver molhado, pode ser um indício de vazamento do ar-condicionado ou má vedação. A chuva chega e o aborrecimento vem junto.


Fonte: Terra

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Cuidados com o sistema de arrefecimento




Responsável por controlar a temperatura do motor, o sistema de arrefecimento é essencial para o perfeito funcionamento do veículo. Desta maneira, é necessário estar atento e preservar todos os itens que compõem o sistema para não comprometer o desempenho do automóvel.

FUNCIONAMENTO

Com o objetivo de evitar a corrosão e outros agentes que prejudicam o funcionamento do sistema, o sócio-gestor da Metalúrgica HG Ltda., Gustavo Bender, aconselha a verificação de todo o sistema de acordo com as instruções fornecidas pelo fabricante para cada modelo de automóvel.


"Manter o sistema em bom funcionamento depende de uma boa montagem do conjunto bocal, mangueira e abraçadeira", acredita o presidente da Progeral abraçadeiras, Marco Campos. "A vedação depende da escolha  e aplicação correta da melhor abraçadeira, no caso do sistema de arrefecimento, devido a flutuação da temperatura".

O engenheiro mecânico da Assistência Técnica da Metalúrgica Schadek Ltda., Orlando Fernandes, alerta também que um dos problemas mais comuns é a corrosão do sistema, gerando incrustações em todo o conjunto, as quais acabam desprendendo-se e circulando pelo sistema, causando vários problemas nos componentes.

Já o gerente de Qualidade da Valeo, Jeser Madureira, ressalta que a falta de aditivo pode influenciar e acarretar danos ao sistema. "Pode acelerar o processo de ressecamento dos componentes de borracha (mangueiras e válvulas da tampa do reservatório de expansão), causando diversos problemas".




DEGASTE DOS COMPONENTES

Dentre os componentes que sofrem com desgaste por falta de manutenção do sistema ou por utilização de fluídos de baixa qualidade ou de água comum (torneira), o químico responsável da TecBril, Claudio Fernando Calori, destaca a bomba d'água, válvula termostática. sensores de temperatura, radiador e mangueiras.


O supervisor de contas da Gonel Autopeças, Márcio Grimaldi, aponta outros problemas que também podem ocorrer no sistema. "Falta de líquido refrigerante no sistema de arrefecimento do veículo causa a corrosão dos tubos de radiador; e cabeçote ou utilização de aditivo inadequado ou somente a utilização do líquido de limpeza do sistema como aditivo".

Alguns componentes, como as correias, bomba d'água, tampa do reservatório, válvula termostática e mangueiras; devem ter uma atenção especial. "Pois sua quebra devido a um desgaste por tempo de uso ou por manutenção inadequada do sistema pode causar prejuízos", explica o responsável pela Assistência Técnica da Urba Brosol, Ricardo Crespo.

Depois que o problema está instalado e o sistema de arrefecimento está comprometido, o gerente Regional da Petrolus, Willian Silva, sugere que se procure um mecânico de confiança, faça uma limpeza completa no sistema e que todas as peças que foram danificadas pela água sem fluído sejam trocadas.

EVITE PROBLEMAS

Para a executiva de negócios, Viviane Fragata, e o engenheiro químico, Rogério Fragata, ambos da Hi Tech, estar sempre atento ao nível do reservatório e sempre completar com aditivo diluído e nunca água da torneira evita possíveis paradas indesejadas do automóvel e consumo excessivo do combustível.